Resenha: Universo DC #0




Universo DC, é uma das primeiras histórias pós-reboot que eu li da DC. Resolvi começar da edição #0, pois estas edições contam sobre a origem de alguns heróis. Então vamos lá para a análise do MIX!

A edição ZERO de Universo DC, conta a origem e algumas histórias desconhecidas de alguns personagens da DC Comics após o reboot conhecido como Novos 52. O mix está recheado de conteúdo, e só de ler esta edição, eu já posso dizer que é a melhor escolha a se fazer na hora de decidir qual mensal você quer seguir, caso não possa comprar várias ao mesmo tempo.

Índice das histórias contidas no MIX:
  1. Aquaman #0
  2. Terra 2 #0
  3. A Fúria de Nuclear #0
  4. Universo DC Apresenta #0 
  5. O Selvagem Gavião Negro #0
  6. Melhores do Mundo #0
  7. Mulher Maravilha #0

ATENÇÃO: A análise pode conter pequenos spoilers, nada que estrague a leitura de quem ainda pretende ler, porque afinal de contas esta resenha foi feita no intuito de que os leitores tenham interesse em adquirir mix.

Aquaman  #0 (8/10)


Esta pequena história, que começa 6 anos antes do atual presente, conta um pouco a passagem da vida de Arthur Curry, de um homem da superfície para um príncipe Atlante. No quesito arte, não temos do que reclamar: Ivan Reis, Joe Prado e Rod Reis, mandam muito bem. O roteiro está escrito pelo grande Geoff Johns, então você já abre a revista esperando coisa boa. A história se desenvolve rápido, mostrando Arthur, ainda não usando o manto de Aquaman, conhecendo seus poderes e em busca de sua mãe, para levar um recado de seu falecido pai. É uma história rápida, mas que em determinado momento, aparecem muitas informações sobre o Atlante e que devem dar "muito pano pra manga".

Terra 2 #0 (7/10)


A história é contada, assim como a de Aquaman, 6 anos atrás, na perspectiva do Sr. 8, um personagem da Terra 2, um herói com grande ligação com o governo. O roteiro é de James Robinson, com a arte e cores de Tomar Giorello e Nathan Eyring, respectivamente. A história tem um desfecho um pouco estranho, pelo menos eu fiquei sem entender algumas coisas contadas nela. Sabe aquele personagem que faz uma coisa que você não esperava, e que quando ele diz o motivo (assim como em todas as histórias que existem, sempre contam o motivo dos seus planos, mesmo que o universo esteja por um triz) você ainda fica sem entender o por quê dele estar fazendo tal coisa? Então, foi exatamente assim como eu me senti.

A Furia de Nuclear #0 (7/10)


Esta história é uma das que me deixou com mais pontos de interrogação na cabeça, mas deixo claro que muitas das duvidas que posso dizer que tive no decorrer desta análise, é porque estou redescobrindo agora o novo Universo DC, até então eu só tinha me aventurado nos 5 primeiros números de Batman (Novos 52), tudo o que eu conhecia mudou, e não estou reclamando disso, estou achando muito interessante. A arte e cores por Yildiray Cinar (arte), Marlo Alquiza (arte-final) e Hi-Fi (cores), não são das minhas favoritas, mas encaixaram com a história pelo estilo de chamas e efeitos que eles utilizaram dado o tipo de personagem. 

O roteiro de Joe Harris em certo ponto me deixou com a impressão de que os dois personagens principais, Jason Rusch e Ronnie Raymond, tinham um caso amoroso. Eu sinceramente tentei olhar com outros olhos pra o dialogo dos dois, mas não consegui, um amigo que faz a tarefa do outro enquanto o outro briga com ele, um dizendo pro outro que ninguém conhece o amigo como ele o conhece... Talvez seja um exagero da minha parte, mas enfim. Outra certa coisa que ficou sem explicação, é que num determinado ponto, o Nuclear, simplesmente explode. Sem motivo algum, não tem vazamento, ele não foi furado por uma espada, acertado por uma bala, socado até “vazar”, não, ele simplesmente explode.

Universo DC Apresenta #0 (5/10)


Neste título, temos duas histórias. Uma contando sobre a origem do O.M.A.C. com o roteiro de Dan Didio, desenhos de Keith Giffen, Scott Koblish na arte-final, e Hi-fi nas cores; e outra contando sobre a Mãe Maquina e sobre os novos Falcões Negros, que antes do reboot eram pilotos da Segunda Guerra Mundial, e agora são agentes da era atual, com o roteiro de Tony Berard, desenhos de Carlos Rodrigues, Bit como arte-finalista e Guy Major encarregado das cores. Ok, é isto. Eu resumo a história num grande “ok”. Não cheira, nem fede. Os Falcões Negros são os personagens em que mais prestei atenção neste título, e ainda assim, achei eles de um valor bem pequeno para o UDC. Mas talvez estes capítulos sirvam de base para futuras histórias, isso só o tempo e a leitura me dirá.

O Selvagem Gavião Negro #0 (10/10)


Está é, sem sombra de dúvidas, minha história favorita deste Mix e também a maior surpresa que eu tive depois ler. A começar pelo roteiro de Rob Liefield & Mark Poulton, nunca tinha lido nada do Liefield pelo que me lembro, mas pela fama de sua arte, eu não esperava grande coisa na sua história, mas acabei me enganando. A trama conta sobre a origem de um Gavião Negro, mas não o Gavião Negro que conhecíamos, é um novo herói, uma origem totalmente diferente, e com poderes um pouco diferentes. 

Eu tive medo ao começar a ler, medo de que este herói não fosse tão “badass” como era o anterior, mas pelo que consegui ver, ele vai ser tão bom quanto. Eu sou suspeito para falar tão bem desta história, porque minhas HQs favoritas são as do Lanterna Verde, não sei se o fato de se passar fora do Planeta Terre, ter outras tecnologias, novos tipos de raças, entre outras fantasias, faça eu me apegar mais a trama, mas eu gostei muito do enredo. 

Em uma Thanagar em ruinas, um império tentando ascender (pelo caminho errado) depois de uma guerra e traição, e eis que surge o Gavião Negro, porém ele surge como um traidor, que na verdade só queria o bem para o seu povo, mas por um desentendimento, e pela loucura de um ser próximo, ele se vê obrigado a tomar medidas drásticas para não morrer. Me apeguei e odiei logo de cara alguns personagens. Nota 10 para esta história. Com a arte de Joe Bennett, Art Thibert na arte-final (é, o nome do cara é Art mesmo) e Guy Major como colorista.

Melhores do Mundo #0 (7/10)


Este é um claro exemplo do porquê eu sempre digo que desenhos importam SIM numa história. O roteiro, tem momentos em que poderiam fazer o leitor ficar agoniado, receber a emoção que a história tentava transmitir... Mas não é bem assim que acontece neste caso. 

Kevin Maguire e Wes Craig, não foram as melhores escolhas para contar a história da Robin e da Supergirl da Terra 2, eles claramente são aqueles desenhistas que deveriam ficar encarregado daquelas histórias onde o intuito é mais pro lado da comédia do que do drama, assim como o Maguire fez em Já Fomos a Liga da Justiça. Os rostos caricatos dos personagens são muito bons, mas não colam em momentos que deveriam ser pra velório. Então, em resumo, roteiro bom, arte má escolhida.

Mulher Maravilha #0 (9/10)


Mais uma origem um pouco diferente da que conhecemos. Esta história conta a adolescência de Diana na ilha de Themyscira, o lar das Amazonas. Aqui nós conhecemos uma Diana confusa e triste por não saber a verdade por sua verdadeira criação e crendo mesmo que foi feita do barro. Uma Diana que foi treinada em segredo pelo Deus da Guerra, e que apesar dos pesares, mostrou que mesmo perto de frutos podres, o trigo nunca será joio, principalmente se o trigo for a Mulher Maravilha. Estória escrita por Brian Azzarello, Cliff Chang na arte, e Matthew Wilson encarregado das cores.

Capa da Revista: 10/10 – A única capa que ficaria melhor que esta, seria a da Terra 2 #0, mas é o Aquamito na capa e ainda vem um pôster lindo dele, né minha gente? Ele por si só, já é todo lindoso e esplendoroso.


Media Final deste Mix: 7,8! 

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